Wednesday, January 25, 2006

cereal killer

ulissas não comunicou seu disparate aos processadores de papinha cor de abóbora. talvez conseguisse alguma invisibilidade na vasta imensidão daquela baixela. levitou lentamente até a imperfeição mais próxima e, inespremível, procedeu ao aglutinamento de sua celulose para arranjo de um penteado moicano a fim de não ser digerida e dormir sem contudo cansar-se. antes, derramou ultrapolida uma gosma para grude noturno que escorreu através da geratriz do compartimento pouco ao redor da micraesfera. adormeceu. somente acordou quando um antiespasmo a impulsionou para fora da liga artificial de mingau. rolou então no sentido inverso à direção do simulador de biscuit. ah, admirável perdimento nas alturas incomparáveis do magnífico pão bengala! – abstraiu: lembrança de sua gratificante fase suscetível à capilaridade. esqueceu-se que, de tanto almejar o sossego daquelas paragens comestíveis, perdera sua significância no sentido de existir entre um e outro estado físico. mas este foi o único jeito de livrar-se dos traumas causados pela "hora do pão fresquinho". hesitou. lembrou-se aparvalhada de sua gafe e tratou de esquecer utilmente sua vergonha. hesitou. tornou a pipocar velhas armadilhas pelo trilho de sua rede memorabilia farinhenta. mas nada que não fosse considerado idiotice, falta do que fazer, abuso da própria paciência ou paranóia boba em relação à peneiragem. de todo modo, sabia que arregaçando as possibilidades, sempre conseguia um disfarçamento quando se sujeitava na manufatura de porrolhos de alho com aparência fusiforme. tudo isso sem contar com o poder lesmático de sua existência em dias úmidos que proferia em algum lugar espalhado de si algumas incursões no reino fungi. emprestava, nesse caso, a propriedade de exalar aromas sem produzir sabores, coisa muito útil para fomento do expanssivo mercado faquir-food e conseqüente desculpa por produtividade. por outro aspecto, se em algum processo fosse descartada, sabia como se portar numa mesa de alimentos expostos para aniquilação bacteriana a laser. bastava-lhe empedrar para pular a fase do scanner panbiótico. flutuou em seguida de encontro a um pano de prato esgarçado para utilização de seus fiapentos cipós. jurou que jamais empelotaria pastosos novamente. corria o grande risco de ser dissolvida em maus fluidos e punida com uma reprodução assexuada por esquizogonia. numa atitude de emergência, passou para a fase de inflagem em direção a uma torrente de gelatinosos. caiu. grudou. atolou-se. e finalmente conseguiu um par de pseudópodos para darem jeito de mucosa num procedimento conhecido como inutilização do aparelho telefônico do padeiro.

Thursday, January 19, 2006

inércia moral

pense em sentar uma bunda gorda em uma cadeira ao contrário.
produza um manuscrito amarfanhado e em seguida conduza-o a um dispensário de má compreensão.
pense em colecionar seus despencados filamentos queratinosos para dar com si no espelho entoando um fá diabolizado.
faça a façanha faceira de falhar em dircurso sobre o método da desculpa engabelante.
pronto.

Friday, January 13, 2006

o monge mau

abantesma era figurado.
procedia na mixagem escarcenta do universo brejeiro.
e como se não bastasse sua apessoa, mijava no escuro.
regava quase toda espécie de matéria aboborada na noite em fossas de descarte passivo.
e que outra cousa fazia para o desagrado alheio:
desarranchava granjenses a fim de enrrouquecer o galo cantante madrugador para dissimular seu simulacro de banzo.
cagava na pia.
alternativamente, esturricava toucinhos ultra bem passados no intuito de ridicularizar os suínos.
arrebanhava demasiado insucesso com seu eu sublimado de noção.