Thursday, December 29, 2005

rabugice número qualquer um

ia lá festejando o último singelo dia de um ano e a chegada de outro por causa de convenção quando alguém falou:
começará uma nova década!
eu pensei: é mesmo.
tudo é praticamente comum antes de pessoa enaltecer um bocado.

tentemos pois perceber a atitude de bichos contentes e saltitantes com a refeição, o afago, a momice, a soltura, a defecação.

ia lá saboreando uns petiscos que encontrei em uma mesa decorada com frou-frous por causa de arrumação quando alguém falou:
hoje é um compleano!
eu pensei: é mesmo.
tudo é quase mais do mesmo antes de individualizar-se.

e naquele dia de ano novo, talvez eu quisesse dormir mais cedo.

Tuesday, December 20, 2005

um pernil e uma jaca

certa vez um humano-verme-semi-inconveniente que lutou na aguerrida dos pseudo-inteligíveis, especialistas cismados em retenção acadêmica de padrões estáticos, saiu-se vitorioso do porto de vista das alas do prédio a noroeste da academia das letras mudas, onde foi seminotado balbuciando cronônimos como “ano de saba”, “mês do bazar do baltazar” e “semana curupira caipirapora” no intuito de jamais abdicar de sua sujestividade sonífera. naquela ocasião regalou-se com um ápice de desatenção coletiva quando alcançou o último degrau da escada da torre onde costumam se jogar as palavras suicidas e com brilhantismo esquilando um esquilo se esquivou dos estivadores em grupo que reivindicavam o reconhecimento de sua contribuição ogra na língua portuguesa, justificada na mais pura fome de encontro aos símbolos gráficos, e, para não perder a viagem, o estabelecimento de maior ênfase nos sabores doce e salgado em detrimento dos amargo e azedo independente do idioma pátrio e dialeto indolente, destarte banalizando a generalização do objeto quasímodo e incontrolável língua. em conseqüência descobriu a utilidade de suas nádegas fofas ao despencar lá de cima triunfando em sua tentativa de fuga ao assunto.

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IMPERDÍVEIS >>>>>>> no triagem: a saga da interpretose + a mentira é um bom negócio + impulsos avulsos anarquistas

Sunday, December 11, 2005

tio darwin disse isso

a praia foi a porta de entrada desses seres então diminutos.
sustenidos com negação em afinar, preferiram, no remoto, o som de uma nota de crack de carapaça de caranguejo, de ploft de bolha de ar de peixe respirando e tchaaahh! de onda muito forte batendo.
e não compraram o óleo para besunte e fritação da pele.
despareceriam facilmente murchos de desidratados.
e salgados de tanto beber água de caldo de caixote,
correriam o perigo de serem confundidos pelo vendedor de lagostas.
hoje gostam de ficar na sombra bonitinhos sem emitir percussões,
inspirando conspiração para a evolução de espécies comportadas.